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Da Doutrina e Prática Budista Theravada |
Uma Comunidade Religiosa, como o Budismo Theravada da Floresta está aberta ao público durante todo o ano. O dia começa com o Puja (Meditação e cânticos) das cinco horas da manhã e acaba com o Puja do entardecer, às 19:30h da tarde.
Relembramos que esta é uma tradição mendicante e que os monges dependem das comunidades locais para o seu sustento diário. A principal refeição do dia é entre as 10h30 e as 11h, e são os leigos que preparam e oferecem a refeição aos monásticos, os quais após a recolha da sua única refeição diária, comem em silêncio. Os leigos também podem usufruir da refeição, após uma cerimónia oficiada pelos monges de agradecimento e de bênçãos pela dádiva da refeição.
O Puja (Meditação) tem início quando o monge frente a um altar, reverenciando o Buddha, acende as velas e um incenso. Após quinze minutos de cânticos, começa a Meditação. Nunca se oficia qualquer cerimónia sem o monge, única autoridade. Assim, o Mosteiro é o local, Templo de culto e de cerimónia e é onde os leigos também praticam as suas homenagens a Buddha.
Uma Comunidade Religiosa, o Sangha, nunca pode subsistir sem a participação da sociedade; por sua vez, a sociedade (leigos) pode usufruir livremente, ou pedir e assumir formalmente, através da respectiva cerimónia administrada pelos monges, os cinco preceitos budistas que são – não matar qualquer ser vivo; não roubar ou tomar posse do que for alheio; abster-se de actividade sexual inapropriada; abster-se de palavra rude ou maliciosa; abster-se do consumo de qualquer droga, substância ou bebida intoxicante, incluindo álcool.
O monge, apesar de cultivar uma prática espiritual revestida de silêncio, recolhimento, meditação e contemplação, mantém, ao mesmo tempo, o dever de aconselhar e ajudar espiritualmente as pessoas, dando palestras, orientação na prática ou oficiando cerimónias religiosas.
Nos períodos de Luas Cheias e Luas Novas, a comunidade leiga que esteja a residir no espaço da comunidade religiosa pode assumir formalmente no Templo, através da respectiva cerimónia administrada pelos monges, não só os cinco preceitos assumidos por aqueles que vivem fora da comunidade, mas todos os oito preceitos budistas, que são o requisito mínimo pedido aos leigos a fim de viverem dentro daquele espaço.
Todos os Quartos/fases da Lua e Sábados (para além das datas fixas das cerimónias anuais budistas importantes), na celebração (o Puja) do entardecer, um monge sénior administra através de uma palestra o Ensinamento do Buddha.
Geralmente, aos Sábados à tarde, nos Templos, são orientados curso sobre Budismo e meditação, durante aproximadamente duas horas.
Os monges podem ser solicitados para professar no exterior, dando palestras ou conferências; para cerimónias de bênção a recém-nascidos; para administrar formalmente cerimónias funerárias.
Por tradição, os monges, fazem visitas habituais de assistência a diversas prisões, normalmente, duas vezes por mês, para aconselhamento espiritual, partilha e ajuda aos prisioneiros.
Dirigem-se também, sob convite, a escolas para oferecerem explicações sobre o Budismo, a vida monástica e meditação, respondendo às diversas questões que lhes são colocadas.
Os monges são muitas vezes solicitados para abençoar locais e pessoas no exterior do espaço do Mosteiro, beneficiando espiritualmente quem mais precisa.